quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Qual é o propósito da vida?

Richard Dawkins, etólogo e popularizador da ciência, acredita que já podemos abordar -- científica e -- adequadamente essa indagação.

Parte 1


Parte 2


Parte 3
 

5 comentários:

  1. Vi esse documentário há uns 2 meses atrás, e gostei muito. Acho que o Dawkins tenta desmistificar um tema que é sempre nebuloso para as pessoas entenderem sobre quem não tem crenças sobrenaturais - é completamente possível ter um sentido para sua vida mesmo que vc não acredite em um deus, em vida após a morte ou qualquer outra crença do tipo.

    Ele sempre fala nas entrevistas dele que é uma pena que tanta gente acredite em vidas após a morte e a valorize tanto, pois muitas delas se sacrificam e se privam nessa vida esperando pela que viria depois recompensá-las, e podem acabar deixando de aproveitar essa (ao menos não tanto quanto aproveitariam se penssassem que essa é a única vida que elas terão chance de viver).

    Nesse sentido acho que a visão que ele propõe é muito revigorante e libertadora, pois alerta as pessoas para aproveitaram o presente e a vida "agora", com propósitos que satisfaçam as pessoas e as tornem felizes.

    abraço,
    André

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  2. É verdade, André. Mas parece ser difícil para a maioria das pessoas aceitar a finitude -- ou aceitá-la com criatividade e reponsabilidade.

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  3. Muito bom seu blog, muito mesmo.
    Aliás, sensacional. Parabéns!
    convido você a conhecer meu humilde blog
    http://jornalpsiconoticias.blogspot.com/

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  4. Existe uma alternativa à finitude. O "outro" percebido, seja por meio da visão, do tato ou de qualquer outro meio, é uma ilusão criada pelo cérebro. Obviamente que o outro está lá, mas o que apreendemos conscientemente sobre o outro é apenas aquilo que o cérebro constrói. Desta forma, para os outros, só existimos em suas mentes e, portanto, não somos muito diferentes de uma memória.
    Considerando que fisicamente há um intervalo entre a apreensão e a cognição do estímulo, podemos até afirmar que, para os outros, somos efetivamente uma memória.
    Assim, quando morremos, permanecemos vivos na memória das pessoas que nos são próximas, e isso é basicamente tão vivo quanto ao vivo. :D
    Esse não é um conceito novo, existindo de forma análoga no xintoísmo.
    Em contrapartida, em algumas linhas do jainismo o objetivo último é alcançar o completo esquecimento (uma extrapolação de diminuir a "pegada de carbono").
    No final das contas, acho que como humanos damos importância demais a esse assunto. Fazemos isso, talvez, pela extensão com que somos capazes de contemplar nossa própria existência.

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  5. "Assim, quando morremos, permanecemos vivos na memória das pessoas que nos são próximas, e isso é basicamente tão vivo quanto ao vivo."

    Ótimo, Cláudio! Você já viu algo sobre a ilusão do "eu", ideia apregoada sobretudo pelo budismo? Já li uma reportagem que tenta juntar essa proposta com alguns pressupostos da Memética (disseminada pelo Dawkins), segundo a qual (e conforme ouvi em uma palestra recentemente) a realidade mental é construída pelos memes (unidades mnemônicas), alguns dos quais replicam-se de cérebro em cérebro e "competem" com memes rivais (como no caso das ideologias, que seriam memeplexos). Então, ao mesmo tempo em que o "eu" é uma ilusão (por ser apenas um fragmento de uma teia cosmológica -- quase -- inescrutável [segundo o budismo] e por ser uma representação -- complexa, devemos dizer -- dos estados do corpo [conforme dados neurocientíficos e, de certa forma, também segundo a Memética]), parte de sua "biografia" estaria sempre arquivada em livros, na internet e, como você comentou, na memória de amigos e conhecidos.

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